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domingo, 20 de dezembro de 2015

Poucas horas


Que poderíamos aprender de dez novos anos,
a não ser o que os dez anos decorridos já ensinaram!?
Nietzche

O último dia do nosso único dia parece
Ou aparece do fluxo mudo incapaz
Mente reunindo horas e restringindo
Destas repouso no limiar do momento
E você, sem culpa, ainda esteja vivo
Nas poucas horas que ainda me resta
Não manifesta melancolia ou aborrecimento
Ou reclamando de perturbar o descanso
Imaginando cedo sair do esquecimento
Imperfeito e para sempre imperfectível
Impossível de descobrir graus de dor
De ruminação que ignora limites ao coração
No meio da crise caminhar para sua ruína
Escorrendo a faculdade de poder sentir
De procurar, de pensar, de repensar, de comparar
De acreditar se alguém ao dia chegará
Indigno desse amor lançado ao passado
Impelido a prejudicar o futuro, lhes dá coragem
Similar ao fim do mundo em cada instante particular
Time, who is my life?


Isaac Medeiros
Licença Creative Commons
Poucas horas de Isaac Medeiros está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://intellegere-verbatim.blogspot.com/2015/12/poucas-horas.html.

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