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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Jamais

À Chorão e Champignon


Jamais imaginei viver da maneira que estou
Jamais pensei enfrentar a mim mesmo
Lutar contra suas próprias angústias: desejo que esgotou
E muito pior, os temores andam a esmo.

Jamais desejei ouvir o que escuto no cotidiano
Jamais quis ver todo esse sangue
Jamais supus o fim disto cheio de meandro
Porque sei que jamais conseguirei vencer aqui no mangue.

Jamais lutarei por essa luz inesgotável
Que quanto mais o tempo passa
Mais sua força se mostra insuportável.

De que vale possuir tantos livros coloridos
Nascerem tantos poetas
Se não aprendestes a ler essas paredes corroídas?

Escrevo essas palavras e lembro o passado
Sonhei com isso. E quando falo jamais
Não consigo esquecer o recado aficionado
Que o homem jamais deve dizer jamais.


Isaac Medeiros.
Licença Creative Commons
Jamais de Isaac Medeiros é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Baseado no trabalho em http://intellegere-verbatim.blogspot.com.br/2013/09/jamais.html.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Aos maneiristas


À Hugo Carvalho

Muito sólido desprezo não partira
Essa vergonha burguesa me movia
E meu suicídio não sentira
O semblante, o temor, a mania.

O fracasso de ampliar a experiência
Por meio da apropriação da ficção
E modos de dizer sem paciência
São correias de transmissão e estimação.

Aprofundo a relação com o outro
Em um trabalho reflexivo, esquecida
Minha arte tolera voos soltos
Porque traça almas enfurecidas.


Isaac Medeiros.
Licença Creative Commons
Aos maneiristas de Isaac Medeiros é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Perssões além do escopo dessa licença podem estar disponível em http://intellegere-verbatim.blogspot.com.br/2013/09/aos-maneristas.html.