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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Forças Armadas para Defender os Civis

Then to the elements.
Be free, and fare thou well!
Thomas Mann.

Poderes quase ilimitados
Cultura de impunidade.
Se a força é maior
O consenso é menor.
Ditabranca é argumento falso
De indivíduos opressores.

Elites burocráticas com cooperação
Entre instituições e o regime.
Resistência social para o fim
Não finaliza práticas repressivas.
Por um senso comum democrático
De políticas de memória.


Isaac Medeiros.

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Visita

À Iracilda Medeiros.

A água formava poeira
A poeira doía nos olhos
Os olhos eram pérolas de Atlântida.

Meus verbos cheios do onírico
Minhas idéias criando vícios
Minha memória confusa com as datas.

Cedinho, minha boca a falar
Foram como promessas
E o fim da gentileza
O pedido para parar
Caiu violentamente para notar.


Isaac Medeiros.
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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Homo vales

Os antros das feras foram convertidos
em prósperos estabelecimentos do homem
Rugendas

Não busco em céu estrelado
A nossa linhagem hominínia
É de ancestrais carniceiros
Nossa vontade para o amado
Australopithecus sediba
Ou garhi, seremos jardineiros.


Isaac Medeiros
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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Uma cena de exceção


Não sou uma solene imagem
Ainda que seja em seu visor estereoscópico.
De pé a sombra de teu trono metódico
Integro a ilusão de se estar dentro da viagem.

Dessa estranheza improvável para os desejos,
Os insuficientes sentimentos de cooperação
Conforme o atributo banal de toda agitação,
Revela um efeito próximo à visão real de beijos.

Que sugerem os particulares eventos afirmativos
Da conduta entre irmãos e de vetusta coleção.
Em ondas de luz guardo honrosa anotação
“Viver com as incertezas que compõem o subjetivo”.

A convivência com relações diretas sob dossel interpretação,
Contém as dores, anilado o céu, por si evocando
Novo começo, a continuação do que seguimos contemplando.


Isaac Medeiros.
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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Aparência


À Rodrigo Rocha

Falta de caminhadas e pedaladas entristecem
Como o excesso de imagens nos faz
Mentalmente preguiçosos e relegados
A um segundo plano que não são convergentes:
Se raro mergulho em metáforas de denúncia?
Se não associo a construção do conhecimento pela ironia?
Se não encontro na superfície da vida apenas o humor?
Sem ênfase no imagético vivo a existência como nada?


Isaac Medeiros.
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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Deixe-me viver

À Kenedy Mota (in memoriam) .

Perdi minha última esperança
Você seguiu ao amanhecer
E contíguo a minha calma.

Onde estará aquela razão otimista?
O pessimismo veste meu espírito?
O que abastarda não é uma forma reprimida?

Antes alimentava imprecisões
Agora fidúcias me fortalecem
Faltam partes no meu todo
E sobra tudo em várias partes
Estamos perdidos
E não sabemos aonde procurar.

Já não posso dizer
Sobre o ato de sentir
O artifício que nos move
Dos desejos que afasta
Quem pode erigir o silêncio?
Jura-me, deixe-me viver novamente.


Isaac Medeiros.
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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Nova egressão


O mundo é um sepulcro de tristeza.
Augusto dos Anjos

Chegada triunfante
Pode acontecer de ser para sempre.
Desci na manhã pelo imenso verde                      
Esperando abraços na frente.
Teus desejos difundem tristeza
Nesse doce sol quente?
Mas deu muita preocupação
Que apavorou essa gente?


Isaac Medeiros.
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Fora do passo


Existem muitas formas das pessoas
Ferir-me por dentro
Quer saber o que penso de você agora?
Protejo isso muito além da cortesia
Antes comentava, eu contive
Tudo que era necessário para ir adiante
Com medo de dizer o que era preciso
Com medo de dizer o que tinha em mente
Sei que você falou muitas coisas sobre mim
Quando eu não estava por perto
Você acha que por ter uma floração positiva
Tem o direito de me desapontar
Várias pessoas gostam de mim
E colocam muita confiança em suas mentiras
Tantas pessoas gostam que eu fique
Pisando em dejetos o dia inteiro
Tudo que sei e tudo que quero
É sentir que não estou fora do passo
Que jamais confiarei
Numa única palavra dita por você.


Isaac Medeiros.
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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Você


A cada dia procuro conhecer
Mais um pouco sobre você
Baby, isso é uma busca frustrante
Quanto mais aprendo sobre você
Mais quero te esquecer.

Essa tua vidinha no mundo de Júpiter
Acabará tirando você de minha órbita
Porque sua alegria é algo reservado
E nunca passa adiante.

Você é internamente provida de indicio
Mesmo os amigos parecem fazer mal
Não que seja algo importante, mas
Inexiste alimento para nossa incompletude.


Isaac Medeiros.
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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Onde deveríamos estar?


Desculpe se incomodo você
Ainda muito pior se falo com você
Desculpe se não te entendo
Deveria conhecer você, um pouco
Porém esses seus comportamentos
Seus comportamentos
Estão fazendo muita confusão.

Desculpe se fiz você escarnecer
Sabemos que foram sorrisos falsos
Desculpe se insisto em ser presente
Desculpe se falo que você é linda
Que a tua beleza é incomparável
Mas que toa e majora a minha dor
Com um significativo aumento.

Desculpe se te acendo a alegria
Sinto necessidades em bom grado
Mas sabemos que você é indisposta
A colaborar e mitigar meu acabrunhamento
Porém esses seus comportamentos
Seus comportamentos
Estão revelando toda a aflição.

Desculpe se apenas me aquieto
Quando a razão precisa chorar
Desculpe se já não insisto
Nem justifico recursos com esquecimento
Experimentamos a grandeza da presença de um norte
Um horizonte! Onde deveríamos estar?
Amanhecendo no escuro de seu olhar.

O abandono é maligno
O engano é mortificador
Ainda tenho outras escolhas
Desculpe se exagero na escusa
Porém esses seus comportamentos
Seus comportamentos
Faz de você uma nova pessoa.

Fácil é não fazer o que é preciso
Você ainda gosta do que é fácil?
Toda a incerteza está me suavizando
O escambo energético e teu descaso
Falta petulância suficiente na frase
Está perdoada, seja feliz
Desculpe é irrelevante, sem roteiro.


Isaac Medeiros.
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terça-feira, 15 de julho de 2014

Revolta Civil

O mais amplo e comum dos erros exige
a virtude mais generosa para se manter.
Henry David Thoreau

Venham aos jardins os que se comprazem em relegar os censores
Manchem as roupas com sangue e defeitos ridículos
Esqueçam as imagens da sala e seus vícios vergonhosos
Tenham nas necessidades biológicas novas formas de resistência
Chorem, nossos gritos se converteram numa polifonia carregada de indignação.

Lembrem os maus-tratos e as chicotadas sofridas por nossos irmãos
Escrevam sobre suas lutas por adequadas condições de vida
Apóiem protestos e motins onde possam ser acatadas as decisões coletivas
Manifestem, aconselhem e promovam em palavras e atos a revolta civil
Resistam aos políticos envolvidos em sublevações.

Instalem vigia para não florearmos um novo déspota
Neguem a certeza da velocidade dos fatos
Cultuem o silêncio de minutos resumindo-se em um lustro
Modelem os presentes em oficinas familiares
Confirmem o fracasso do sistema mercantil totalitário.


Isaac Medeiros
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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Esquina


É preciso voltar da esquina
Se não quero um lazer à prestação
Se não a fumaça se adianta ao meu pulmão
Se não as passantes me fascina.

É preciso voltar à esquina
Pois o calor me enfurece
Pois o barulho estremece
Pois meu cigarro lhe abomina.

Política, futebol, gritos e agressões
O trânsito, o lixo, as propagandas
Os abraços, os olhares, as façanhas
Miséria, crédito, fome e empurrões.

Beleza, cores, encontros e ações
Os ganhadores, o sonhador, o sorridente
Os óculos, as frutas, o sorvete, os presentes
Os diálogos, os acordos e as manifestações.


Isaac Medeiros.
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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Carta subversiva


Meus olhos cinza não compõem um perfil autoritário
Anarquistas, comunistas, integralistas, feministas ou terroristas
Suas necessidades são negadas por um conjunto de aparelhos repressivos
Coibindo reações políticas adversas com letras de foco logístico militar
Que envenena o trigo da suposta revolução político-social.

Sua lógica da desconfiança legitima a repressão
LSN, TSN, SNI e as delações anônimas ainda doem consideravelmente
Editores, gráficos e livreiros suspeitem dos autos de investigação
Estudantes, músicos, artistas, escritores, meros coadjuvantes
Uniformizando mensagens legitimadoras da intolerância com silêncios propositais.

Estratégias de controle do pensamento e da domesticação
Aplaque a dor e o terror de nosso estado de agonia.


Isaac Medeiros
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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Longe de mim


Enviei uma foto para você
E você não mandou uma para mim.
Notei seu telefone na minha mão
E calculei o tempo que não te vejo,
Foi preciso um caderno.
Esqueci seu sobrenome
Mas lembro muito bem de você!
O tédio cresce como ramagem
E toma todo o caminho.
Procuro um novo rumo
Enquanto penso em você.
Para que mandar uma nova foto
Sabe-se que você fará o mesmo.
Estou tentando te esquecer
Mas o desejo que tenho por você
Relembra nossos momentos.
A cada instante encontro um amor
Pena que o que quero está perdido
Suspenso, longe de mim.


Isaac Medeiros
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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Fabulando IV



O sonho é a última esperança
Para quem costuma ter esperança.

Sonhar pode não ser a melhor coisa do mundo
Mas com certeza não é a pior.

O sonho pode ser um dos melhores exercícios
Para a mente e para o corpo.

Ser sonhador não é ser alienado,
Sonhar é um ato filosófico, é ser pensador.

Já que não tenho o que quero na vida real,
Ao menos posso ter tudo que quero nos meus sonhos.

Muitas vezes tirara de mim o que tinha,
Mas nunca tirarão o que sonho ter.


Isaac Medeiros.
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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Pessoa




Respira com consciência
Agora, por mim
Além de inspirar e expirar, se acalme
Que cada fase seja completa
Por um instante.

Ao inspirar e expirar a mente também
Respirando-me, eu oxigenando
Toda extensão e átomos de teu corpo
O ar se esfriar
Também estará em mim.

Apenas a mente, na paz
Apenas tua calma
E eu a respirar, sem ar. Todos aqueles lugares
Que com consciência
E na consciência sumiu.


 Isaac Medeiros.
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