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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Ainda há o tempo


Ainda há quem imagine a atmosfera oitocentista
As promessas de moda e as aventuras de um ambiente lasso
Por isso perpetuou pelo congraçamento da luta social
A relação espúria e desigual da literatura com sua multiplicidade.

Ainda há acusações de mandingueiro contra Raul
E detentor de artes diabólicas seus herdeiros
Vêm das Ordenações Filipinas o valor do estigma
Que poderia suscitar temas polêmicos caso não se amiudasse.

Ainda há o tempo, a solidão e a violência
Da soberba criatura complexa tida como meretrícia
Para o enlace entre donzelões intransigentes e mulheres públicas
Compelidas a pagar seus deslizes como vivandeiras escandalosas.

Ainda há influências do meio no agir impulsivo
Nas consequências funestas dos desvios instintivo e irracional
Equilibrar uma ética domesticada e regeneradora
Produzia o controle e a regulação moral dos indivíduos.

Ainda há degeneração social, especialmente à noite
Quando o mais irremediável dos instintos domina
São as vítimas da miséria e da indigência
Um símbolo do combate às doenças venéreas.


Isaac Medeiros
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Ainda há o tempo de Isaac Medeiros é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Baseado no trabalho em http://intellegere-verbatim.blogspot.com.br/2013/10/ainda-ha-o-tempo.html.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Duas Estações


Incorporando estações se alastrou com profundidade
Um certo afastamento do mundo
E o uso de imagens sob suspeita
Nenhum inverno encontrou eco no sertão.

Reformando valores para uma vida regrada
Onde intelectuais preservam o pluralismo romântico
Em não questionar a imensa desigualdade moral
Nem suas experiências pessoais de fé.

Afastando a possibilidade de rigidez no estilo de vida
Será revitalizada a dimensão mágica da existência
Pelo apego ao sentido social da longevidade
No verão a norma era inversa.

Estudando Ballard Dunn para criar um presente
E William Norris uma bem organizada liderança
Nossa terra de umidade e intérpretes que não vingaram
Um tipo de alter ego preguiçoso surgiu como dádiva.


Isaac Medeiros. 
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Duas Estações de Isaac Medeiros é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Baseado no trabalho em http://intellegere-verbatim.blogspot.com.br/2013/10/duas-estacoes.html.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Ao nosso novo avanço


À Daniel Poésio

Em meio a fumaça arrefeço o terror
Nada poderia escapar ao sentimento de desconfiança
Ou cobiça e incompreensões de parte a parte
Não há destino para o ineditismo do ser
Aqui a atuação é nosso mais longevo pecado
Do progresso inspirado no individualismo do pensar.

A pujança aristocrática e segregadora é satânica
Semelhante a todo o cacoete de republicano radical
Com discurso velado de agressões e abusos ao positivo amor
Não há perdão para a valorização de privilégios
Afinal Bill Aberdeen coletou apenas a solidão dos mares
Enquanto a Lei Eusébio proliferou um amplo uso da retórica materialista.

Unidos ou não, seguimos a convicção de transitar sozinhos
Nossa educação constrói e divulga ideias sediciosas
O antigo Movimento dos Direitos Civis agora é das autoridades
Queremos imediata liberdade de supermercado
Revoltosos sobre quem somos, alastrou-se
Ironicamente, vítimas de seus próprios medos.


Isaac Medeiros.
Licença Creative Commons
Ao nosso novo avanço de Isaac Medeiros é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Baseado no trabalho em http://intellegere-verbatim.blogspot.com.br/2013/10/ao-nosso-novo-avanco.html.